sábado, 22 de dezembro de 2012

Coalhada Seca



Nesta quinta-feira fizemos em casa o primeiro "Natal dos Amigos". Espero sinceramente que se torne uma tradição. Divertido! E ainda uma ótima oportunidade para comemorar (ainda que incidentalmente) o meu aniversário com os amigos. Fazer aniversário dia 24 de dezembro não é bolinho! Definimos a temática do jantar a partir da especialidade da chef convidada de hoje no ... de Salto Alto na Cozinha, a Dani Perdigão Feres, do blog Nice and Cool Tips - que desde o casamento já tratou de aprender os clássicos da culinária árabe (podem esperar mais receitas dela!). Ela preparou em casa esta coalhada. Um Natal do Oriente Médio! Delícia. Para mim ainda parece uma receita muito complicada, mas ela garante que é muito fácil de preparar. Sinceramente: assim que eu voltar do Ano Novo vou tentar fazer. Ficou perfeita, leve e muito saudável. A coalhada seca pode ser comida temperada com azeite, sal e pimenta síria, com um pãozinho sírio, no aperitivo, pode ser utilizada em um diversas de receitas (como sopa de beterraba, recheio para quibes...) e pode ainda ser comida sem o tempero, como um iogurte (o verdadeiro Iogurte Grego!) com mel e granola. Chega de propaganda, e vamos à receita. Obrigada, Dani! Sua coalhada e seu hommus foram um sucesso, e os "restinhos" estão sendo devidamente apreciados aqui em casa!


1. Panela vedada com filme plástico; 2. Coalhada fresca sobre peneira e pano de prato; 3. Coalhada fresca "embrulhada" a caminho da geladeira; 4. Coalhada seca depois de escorrido o soro.

Coalhada Seca

2 litros de leite tipo B integral
1 colher (sopa) de leite em pó
1 pote de coalhada

Em uma panela grande, ferva os dois litros de leite até o ponto imediatamente antes da fervura. Desligue o fogo e deixe descansar até que a temperatura ideal para coalhar seja atingida, isto é, até que você consiga mergulhar um dedo no leite e contar até 10. Acrescente o leite em pó (leite Ninho) e a coalhada (pode ser aquela da Vigor, vendida em um pote semelhante ao pote de iogurte). Misture bem e tampe a panela. Com um filme plástico, envolva a panela completamente, de modo que fique vedada (observe a foto). Pré-aqueça o forno por 3 minutos. Desligue o forno, coloque a panela dentro, e deixe descansar, ainda vedada, pelo período de um dia. Ao final desta etapa do processo você obtém a coalhada fresca, com consistência de iogurte espesso.
Para obter a coalhada seca, encaixe um coador sobre um recipiente grande e revista-o com um pano de prato limpo. Despeje a coalhada fresca sobre o pano e amarre as suas pontas (observe a foto). Leve à geladeira pelo período de um dia para que o soro seja escorrido. Ao final desta segunda etapa você obtém a coalhada fresca. Uma delícia!

As fotos do preparo foram retiradas do blog da Dani. Ela preparou também o hommus no fundo da foto!

Borought Market - London


Durante as minhas "férias" deste ano (entre aspas porque foram na verdade uma emenda entre dois feriados em novembro!) fiz uma visita que não poderia deixar de colocar aqui no blog: fui ao Borough Market em Londres. As fotos falam por si mesmas, mas já adianto que o Borough Market vai muito além de um lugar onde se vende comida... - pelo menos para mim foi uma verdadeira aula de gastronomia, onde de quebra aprendi um pouco sobre a culinária inglesa, atualmente tão influente no mundo. Muitos dos grandes chefs da atualidade são ingleses: Nigella Laeson, Jamie Oliver, Gordon Ramsey, Heston Blumenthal.... O Borough Market é uma visita obrigatória para gourmets e gourmands!

Primeira lição: Ingredientes sazionais e variados

Tudo bem. Eu sou uma grande frequentadora de feiras. Frutas, hortaliças peixes... Acho que ir à feira é uma das minhas atividade favoritas, afinal, o Brasil tem mesmo uma diversidade e qualidade de produtos invejável... O que encontrei no Borough Market? Produtos sazionais, em número mais reduzido que no Brasil, claro, mas cada um deles com uma variedade incrível. Pareciam selecionados especialmente para quem ia cozinhar um jantar fantástico naquele mesmo dia. Já viram uma variedade igual de cogumelos? Nunca. E estes tomates? Dá vontade de mergulhar neles! E a disposição dos produtos... ainda temos muito que aprender com os ingleses!


Um outro ponto alto deste mercado são as caças. Estas sim muito mais difíceis de ser encontradas aqui no Brasil frescas... (somente congeladas e muito bem limpinhas) quando mais assim: capturadas na véspera! A caça é um esporte tradicional inglês, como todos sabem, mas encontrar faisões ainda plumados e coelhos inteiros (e tão fofinhos) foi uma surpresa! Imagino que as mulheres devem ainda saber preparar este tipo de caça em casa, desde a fase inicial. Que coragem! Que estômago!


Segunda lição: Artesãos locais

Outra surpresa foi encontrar neste mercado muitas bancas de fornecedores locais. As conservas (na fotografia abaixo), doces, pães, tortas, queijos, defumados, massas artesanais, enfim, tudo! No site do Bororugh Market você pode encontrar uma lista de fornecedores, agrupados por tipo de produto. Bancas muito charmosas onde você pode degustar, comer um pedacinho na hora ou levar peças inteiras. Tudo bem, temos algo muito parecido no nosso Mercadão em São Paulo... pelo menos na parte de vinhos, queijos, conservas e nuts, mas como neste mercado... nunca vi!


Terceira lição: Por que não aproveitar o apetite e almoçar no mercado mesmo?

Outra coisa que vale a pena fazer no Borough Market é almoçar. É claro que você não vai estar com muita fome depois de fazer um monte de degustações... Mas ainda assim, os sanduíches vendidos em algumas barraquinhas são imperdíveis. Nós comemos um sanduíche de pato (na foto abaixo à direita) e em sanduíche de barriguinha de porco. Deliciosos! De sobremesa... um pedaço de torta de cereja  preparada pelos artesãos locais e um pedacinho de fudge. Como estava frio, recomendo até beber um copo de vinho quente.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Bolinhos de Natal


Esta receita de bolo foi postada no blog há algum tempo, mas resolvi dar a ela uma nova roupagem e, por que não? Republicar. Estes bolinhos ingleses de receita prá lá de original são os bolinhos de Natal perfeitos! Especialmente porque estou ainda há muitas milhas de confeccionar o meu próprio panettone... Quem sabe ano que vem? Foram o presentinho de natal que o ...de Salto Alto preparou este ano. Poucos. Uma tarde em casa, e foram três fornadas e nove bolinhos. Só nove (sendo um do meu marido, vejam)! Depois foi só embrulhar com papel celofane, colocar uma fita e (a parte mais chata), entregar na casa dos presenteados. Queria ter feito mais... mas não tive forças! Nove é o número máximo de bolinhos que um ser humano pode suportar! E vamos à receita que ainda dá tempo de fazer pelo menos um!


Bolinho de Natal
4 ovos
3 xícaras (um pouco vazias) de açúcar mascavo
2 xícaras (um pouco vazias) de manteiga derretida
3 xícaras transbordando de abobrinha ralada
4 colheres (chá) de bicarbonato de cálcio
6 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de nozes picadas
2 xícaras de uvas passa claras
2 pitadas de sal
4 colheres (chá) de essência de baunilha
Nóz Moscada
Canela


Em uma tigela grande, bata ligeiramente os ovos, junte o açúcar e a manteiga derretida e misture até que se torne um creme homogêneo. Acrescente a abobrinha ralada, mexendo sempre e o bicarbonato de cálcio. Em três etapas distintas, junte a farinha, mexendo até incorporar totalmente. Acrescente as nozes quebradas e as passas. Tempere com sal, baunilha, nós moscada e canela (quanto bastar) e misture bem. Divida a massa em três formas untadas com manteiga e farinhadas (bolo inglês/ pão tamanho pequeno) ou em duas formas deste tipo, só que médias. leve ao forno pré-aquecido por 40 minutos. faça o teste do palito e desenforme. Deixe esfriar sobre uma grade completamente antes de embrulhar!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Szendvics - Sanduíches Húngaros



No roteiro da nossa última viagem, a cidade que mais me surpreendeu (em todos os aspectos) foi Budapeste. E eu, que sou uma pessoa que adora línguas, fiquei fascinada! O húngaro ou magyar não é nada daquilo descrito pelo Chico Buarque no livro com o nome da cidade... Justo pelo contrário! Suave, as sílabas são fáceis de se distinguir, e os fonemas claros e fáceis de se repetir, ainda que, quando escritos, tenham representação diferente da nossa. Sinceramente: dava até para entender algumas coisinhas. Veja o caso destes sanduichinhos: Szendvics. Mais parecido não fica! Os Szendvics são vendidos em uma loja chamada  Duran Szendvics, e ficam expostos em uma vitrine. São os mais variados. Todos sofisticados: ovas de salmão, queijo de cabra, roastbeef, pastinha de lagosta, caviar, peixes defumados... Definitivamente seria um sonho pedir uma caixa de Szendvics em casa ao invés de pedir uma pizza!!!!
Comemos uma vez no final de tarde alguns e, quando quisemos repetir (pois além de tudo eram baratos) encontramos a loja fechada. Achei que fossemos encontrar mais destes sanduiches em Praga, mas qual nada! As saudades eram tantas, que tive que tentar reproduzir alguns sabores assim que pus as mãos em uma bela peça de salmão defumado!
Desta forma, não se trata de uma receita propriamente dita (como não são quase nunca as de sanduíches), mas de uma dica. Que tal fazer uma noite de Szendvics ao invés de uma noite de Bruscuettas? O pão escolhido foi um filão cortado em fatias de 1,5cm de altura (lá eles usavam para algumas combinações um filão integral com grãos). As montagens escolhidas tinham como ingrediente principal o salmão defumado e o queijo brie.
Vejam as combinações que eu utilizei... mas fiquem livres para fazer as suas próprias, ou para visitar as fotos do site da Duran (mas só as fotos, porque o húngaro é fácil, mas só em comparação ao chinês ou ao hebraico). Salmão fica delicioso com cebola roxa, ovos/ pastinha de ovos, limão siciliano, creme azedo e pepinos. Queijo brie foi combinado com tomate e pepinos. Para acompanhar... uma boa vodka com gelo! Uma delícia! Szervusz! (Adeus!)


Coleslaw


Quanto tempo! Estou de volta hoje com uma receita simples, tipicamente americana (quem nunca comeu um coleslaw num potinho junto com um baita hamburguer?). Uma salada crocante, bem gelada, e, aparentemente, uma das melhores formas de se comer repolho que existe. Você pode usar repolho roxo ou repolho branco, e mesmo fazer uma mistura. Como me deparei com um repolho roxo no supermercado e esta foi a inspiração, usei somente o roxo. Infalível: faça uma receita inteira e  deixe na geladeira pra comer nestes dias de tão imenso calor!

Coleslaw

1 repolho pequeno (1/2 roxo e 1/2 branco ou escolha o repolho da sua preferência)
2 cenouras raladas
2 maçãs verdes descascadas e cortadas em palitos
1/2 xícara de uvas passas (claras ou escuras)
1/2 xícara de maionese
1/2 xícara de creme de leite fresco
Suco de 1/2 limão
Sal e pimenta a gosto

Corte o repolho em tiras finas (eu poderia ter caprichado mais nesta parte, admito, mas as férias nos deixam preguiçosos). Deixe de molho na água gelada por pelo menos uma hora para que fique ainda mais crocante. lave e seque. Junte as maçãs descascadas e em palitos, as uvas passas e o suco de limão. Acrescente o creme de leite e a maionese, mexendo sempre, até atingir a consistência desejada. Tempere com sal e pimenta do reino. leve a geladeira e sirva frio. Usei pouca maionese e creme de leite na tentativa de deixar mais light... mas há quem prefira uma salada mais "cremosa" que esta!